Retrospectiva da educação em 2022
A passagem de um ano letivo em uma instituição de ensino é um marco importante no ciclo de aprendizado dos alunos, pois representa o progresso e o desenvolvimento que eles concretizaram ao longo do período escolar.
É uma oportunidade também de avaliar o que foi aprendido, refletir sobre os obstáculos e desafios enfrentados, e realizar o planejamento para o ano seguinte.
Toda passagem de ano é também uma oportunidade para que professores e gestão escolar façam um balanço do que foi feito e do que pode ser melhorado.
É por meio da análise do que passou é que novas estratégias poderão ser implementadas futuramente.
Essas mudanças passam pela revisão do material didático, utilização de outras ferramentas de suporte educacional e implementação de novas metodologias de ensino, por exemplo.
E quando o assunto é o ano letivo de 2022 no Brasil, o período foi repleto de desafios e mudanças no cotidiano das escolas.
A começar pelo número de matrículas nas instituições.
Segundo dados do Censo Escolar da Educação Básica, o total de matrículas realizadas foi 5,3% menor do que em 2021. Nós abordamos o tema evasão escolar com mais detalhes neste artigo.
Além disso, uma matéria publicada pelo Portal G1 explica que “há indícios de um aumento na evasão escolar na última etapa de ensino, justamente quando o risco de ingressar precocemente no mercado de trabalho é maior”.
Além do aumento na evasão escolar, muitas mudanças foram vivenciadas nas escolas brasileiras em 2022. Veja algumas das alterações aplicadas à educação neste ano:
Horário no formato híbrido e a adaptação das escolas
Depois de um longo período de aulas online e toda a adaptação que a pandemia trouxe, envolvendo não só a forma de ministrar aulas mas também como os alunos encararam essa modalidade de ensino, um novo contexto veio à tona: o do ensino híbrido.
O ensino híbrido é uma metodologia de ensino que combina aulas presenciais e online.
Neste modelo, os alunos têm a oportunidade de aprender tanto de forma independente, trabalhando em atividades online, como interagindo com os colegas e o professor em aulas presenciais.
O papel do professor nesse contexto é de facilitador e mediador da aprendizagem, ajudando os estudantes a construírem o conhecimento e esclarecendo dúvidas específicas sobre os temas de estudo.
O modelo trouxe resultados muito positivos, tanto que a tendência para a educação nos próximos anos é que as escolas continuem a utilizar tecnologias para melhorar o ensino e tornar o aluno protagonista de seu próprio aprendizado.
Além disso, para manter a segurança dos alunos, professores e todos os profissionais que atuam em uma instituição, as escolas precisaram adaptar sua infraestrutura para cumprir as medidas de higiene exigidas e evitar aglomerações.
Isso incluiu o distanciamento social e a implementação de novas práticas de limpeza e higienização dos espaços de uso comum.
Com o ensino híbrido, os gestores também tiveram o desafio de organizar o horário escolar de forma a incluir tanto as aulas presenciais quanto as online, sem prejudicar o aprendizado e maximizando o aproveitamento dos recursos e espaços físicos da escola.
Isso demandou alterações na rotina dos professores, bem como mudanças na matriz curricular e na distribuição das turmas.
Resolver o horário híbrido demandou planejamento prévio cuidadoso dos gestores para garantir a funcionalidade da grade.
As principais dificuldades com o horário híbrido
O ensino híbrido exigiu que as escolas se adaptassem rapidamente às novas tecnologias e às necessidades de ensino a distância.
O material didático também precisou ser adaptado e atividades de ensino online precisaram ser criadas.
A gestão das escolas também precisou priorizar a formação de professores para utilizar as novas ferramentas de tecnologia de maneira eficiente.
Outro aspecto desta mudança teve a ver com a estrutura física das escolas.
Os ambientes precisavam garantir que os alunos tivessem acesso aos equipamentos necessários, como computadores, tablets e outros. Esse novo contexto exigiu a criação de novas oportunidades de aprendizado.
Diferentes dificuldades também fizeram parte da rotina:
- Acesso à tecnologia fora da escola: nem todos os alunos possuem a mesma possibilidade de acessar equipamentos e ter conexão com a internet, o que teve impacto na aprendizagem e na assimilação dos conteúdos.
- Aumento de desigualdades: como mencionamos, o acesso particular que os alunos têm à internet e computadores não é o mesmo. Aqueles com mais recursos tecnológicos possuem vantagem em relação aos que não têm esses recursos.
- Carga de trabalho dos professores: a adaptação com a nova dinâmica de trabalho — de alguns dias na escola e outros em casa — exigiu dos professores formas de adaptação para equilibrar todas as demandas.
- Menos interação diante dos conteúdos: o ambiente da sala de aula é propício para a discussão de ideias e colocação de novos pontos de vista. Apesar das ferramentas de transmissão de aula contarem com a ferramenta de bate-papo, a interação entre os alunos é muito menor no meio online do que presencialmente.
O Novo Ensino Médio
O ano de 2022 também reservou para as escolas um olhar ainda mais atento e voltado para o Novo Ensino Médio.
A partir de 2022, os estudantes do primeiro ano passaram a ter a opção de escolher algumas disciplinas para garantirem uma formação técnica e profissionalizante, além do currículo de formação básica do ensino médio. A implementação segue de forma gradual até 2024.
Essa mudança visa preparar os jovens para o mundo e o mercado de trabalho em constante transformação. A reformulação do Ensino Médio veio após anos de discussão sobre a necessidade de melhorar os índices de desempenho dos estudantes brasileiros.
Além de permitir a escolha de disciplinas, o Novo Ensino Médio também aumentou significativamente a carga horária nesta etapa da vida estudantil.
O Novo Ensino Médio foi criado para promover o protagonismo dos estudantes e aumentar a conexão entre os jovens e a escola.
Segundo o Ministério da Educação (MEC), em 2016, mais da metade dos estudantes de Ensino Médio encontravam-se com pelo menos um ano de atraso ou haviam abandonado a escola.
Para tentar resolver esse problema, o novo modelo de aprendizagem foi dividido em áreas do conhecimento, seguindo as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Uma parte da carga horária é comum para todos os estudantes, com matérias tradicionais. Enquanto pelo menos 40% dos horários são dedicados aos Itinerários Formativos que os alunos podem escolher de acordo com seus interesses de formação ou aptidão.
O Projeto de Vida busca ainda incentivar as habilidades de projetar e planejar o futuro, valorizando as experiências e os sonhos dos estudantes, além de promover práticas mais inclusivas.
A adaptação da BNCC para o Novo Ensino Médio
O currículo do Novo Ensino Médio deve ser baseado na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e as instituições de ensino podem organizar seus currículos de forma que os componentes de uma mesma área sejam trabalhados de maneira integrada, como Linguagens e Ciências Humanas, por exemplo.
Essa organização por áreas do conhecimento torna as aulas menos expositivas e estimula o aprendizado por meio de projetos, oficinas e atividades que tragam conhecimentos de múltiplas áreas.
Além das áreas de conhecimento, a carga horária também precisou ser modificada.
A determinação é que a carga horária anual passe de 800 para 1.000 horas, chegando a 3.000 horas até o ano de 2024. Para alcançar esse resultado, o período de aulas que era de 4 horas por dia, passou para 5 horas diárias já a partir de 2022.
Adaptando os horários escolares para o Novo Ensino Médio
Atualmente, as escolas estão lidando com vários obstáculos devido à necessidade de adaptar a carga horária para o Novo Ensino Médio.
Algumas escolas podem ter dificuldade em acomodar todos os estudantes em seu espaço físico, por conta do aumento na carga horária.
Um outro ponto que chama a atenção, é a necessidade em reestruturar os currículos para incluir formação técnica e profissional de maneira a promover o desempenho dos estudantes.
Para atender todas essas mudanças, muitas escolas precisam aumentar o tempo em que os estudantes passam em sala de aula, o que afeta a grade horária das turmas do ensino médio de maneira geral.
Uma alternativa viável é adicionar mais aulas para que as turmas desta etapa fiquem na escola por mais tempo.
No entanto, com o aumento do número de aulas diárias, muitas escolas têm dificuldade em gerenciar os horários por conta da possibilidade de conflitos de horários e disponibilidade dos professores.
Como o URÂNIA ajuda instituições nesse cenário
O URÂNIA é uma ferramenta muito útil à gestão escolar para enfrentar problemas relacionados à criação e gerenciamento de horários escolares.
A solução permite criar horários que maximizem o uso do tempo e dos recursos da escola, garantindo que todas as turmas e professores cumpram a carga horária, considerando, inclusive, o tempo necessário de deslocamento dos professores de uma sala à outra, por exemplo.
O URÂNIA impede que os horários das turmas e dos professores se sobreponham, facilitando e melhorando a gestão da escola.
Ao utilizar o URÂNIA, a gestão escolar terá controle de todos os horários da escola de forma centralizada, o que facilita muito na distribuição de informações e ajustes.
Outro ponto de destaque é a gestão de ambientes da escola, possibilitando juntar turmas e professores em auditórios ou quadras, por exemplo, para eventos e aulas temáticas.
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