O papel da interdisciplinaridade na educação
Um olhar amplo, que contemple mais de uma área de conhecimento ao mesmo tempo que integra conceitos em sala de aula.
De forma bastante simplificada, é assim que a interdisciplinaridade pode ser compreendida e é sobre esse assunto que vamos abordar neste artigo.
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Interdisciplinaridade: entenda o que é
O conceito de interdisciplinaridade se popularizou principalmente depois dos estudos aprofundados do pesquisador francês Georges Gusdorf.
Mas apesar disso, o conceito de interdisciplinaridade já permeava as teorias de filósofos na antiguidade clássica.
No ano de 1961, a UNESCO (Fundo das Nações Unidas para a Educação e Cultura), elaborou um projeto de pesquisa interdisciplinar para as Ciências Humanas, apresentando o conhecimento com o objetivo de servir ao bem comum da humanidade.
O projeto compreendia a interdisciplinaridade como um caminho possível para o exercício crítico da cidadania e uma ferramenta importante para o desenvolvimento das sociedades.
Diante desta iniciativa, alguns estudiosos de universidades europeias e americanas, de diferentes áreas de conhecimento, compartilharam das ideias propostas.
Esse movimento foi uma resposta à demanda presente em grande parte nas áreas de ciências humanas e educação, com a fragmentação da informação nesses campos, sem possibilidade de diálogo entre assuntos que poderiam muito bem se complementar.
Como a interdisciplinaridade pode ser aplicada
A interdisciplinaridade possibilitou a existência de uma ligação entre as disciplinas e áreas do conhecimento. A metodologia criou pontes entre conceitos para aplicação em sala de aula e proporcionou um maior enriquecimento da aprendizagem dos alunos.
Essa ligação entre as disciplinas permite que a aprendizagem seja mais aprofundada, já que mais de um aspecto pode ser trabalhado ao mesmo tempo.
Na disciplina de geografia, por exemplo, quando os alunos estão estudando conceitos de geopolítica, é possível compreender esse contexto ainda melhor se, nas aulas de história, os assuntos abordados forem a colonização e o período de escravidão.
Os estudantes, ao perceberem que o passado interfere diretamente nas consequências geopolíticas atuais, poderão associar facilmente os diferentes aspectos que envolvem a formação dos países.
Essa associação feita de forma natural pelos alunos enriquece as discussões e estimula o engajamento com os colegas e também com os professores.
A prática da interdisciplinaridade também contribui para a superação da separação entre ensino e pesquisa, já que ambos são extremamente importantes e contribuem de formas diferentes para a formação de conhecimento. Os seguintes temas poderão ser abordados em todas as disciplinas com um viés crítico e amplo:
- Ética;
- Saúde;
- Meio ambiente;
- Orientação sexual;
- Pluralidade cultural.
O Novo Ensino Médio e a educação interdisciplinar
A pandemia de Covid-19 trouxe uma série de mudanças para a sala de aula com o ensino híbrido e remoto.
Além desse cenário de adaptação, as escolas públicas e privadas precisaram se adequar às mudanças estabelecidas pelo Novo Ensino Médio.
A interdisciplinaridade é um ponto bastante relevante dentro da proposta do Novo Ensino Médio, já que o currículo será dividido por áreas do conhecimento.
As trilhas de aprofundamento dos Itinerários Formativos são matérias que abordam conteúdos de uma ou duas áreas do conhecimento, como comunicação, agronegócio e energia.
Ou seja, o Novo Ensino Médio tem uma forte influência da interdisciplinaridade e a sua implementação vai demandar atenção da escola nesse aspecto.
Quais serão os desafios da flexibilização do currículo
A palavra interdisciplinaridade é bastante citada quando o assunto é o Novo Ensino Médio, mas além dela o termo “flexibilização” também ganha destaque.
Isso acontece porque o currículo vai contar com uma carga horária menor das disciplinas antigas, para que os horários sejam preenchidos por projetos, oficinas e núcleos escolhidos pelos próprios estudantes.
Essa flexibilização do currículo vai demandar um planejamento intenso nas escolas e pode gerar grandes dificuldades, dependendo do contexto da instituição.
As escolas públicas, por exemplo, contam com professores que atuam em mais de uma instituição de ensino ao mesmo tempo.
E diante disso, a possibilidade de aulas em conjunto com outros docentes pode ser reduzida, sem contar questões relacionadas à infraestrutura e contratação de professores para atuação nos Itinerários Formativos.
Existe, ainda, a chance de professores de outras disciplinas serem designados para itinerários formativos. Isso pode ser um problema caso esse professor nunca tenha tido contato com a área e isso pode impactar na qualidade do ensino.
Diante da complexidade desse novo cenário, a escola e a comunidade escolar, formada por pais, alunos, professores e direção precisam romper barreiras e investir em um planejamento constante para garantir a interdisciplinaridade do ensino.
Neste momento, o bem mais precioso da uma boa gestão é o tempo para administrar tantas variáveis. A solução pode ser automatizar tarefas que podem ser bem resolvidas através da tecnologia.
Dentre estas tarefas que podem ser automatizadas, uma que consome muito tempo, sabidamente é a elaboração de quadro de horários.
Para auxiliar nesse processo, o URÂNIA é uma ferramenta que pode ser utilizada com o objetivo de organizar os horários escolares de forma rápida e segura, sem que essa função sobrecarregue a gestão da escola e os próprios docentes.
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