A importância dos critérios para a formação de turmas na escola
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27 de novembro de 2019
O grande volume de atividades e tarefas a serem realizadas antes do início do ano letivo pode fazer com que os professores e gestores não deem a devida atenção aos critérios na hora de realizar a distribuição dos alunos nas turmas.
Em alguns casos, a equipe pedagógica pode não entender a importância da organização das turmas para o andamento das aulas, prejudicando o desenvolvimento dos alunos.
Essa atividade exige grande atenção do gestor escolar ao definir os critérios para formação de turmas, já que é uma oportunidade de aperfeiçoar o ambiente escolar e encontrar maneiras de melhorar os índices de aprendizagem, integração dos novos alunos, indisciplina e outros fatores. Por isso, a organização das turmas na escola deve ser feita com dedicação, já que este fator influencia no processo de ensino e aprendizagem.
Como é feita a organização das turmas na escola?
Em algumas escolas, os critérios para formação de turmas são por desempenho acadêmico, ou seja, os alunos com as melhores notas ficam em uma turma e os alunos com baixo desempenho em outra.
Alguns professores defendem essa divisão sob o argumento de que é mais fácil trabalhar em turmas mais homogêneas, porém é preciso ter cautela.
Essa visão tem como base a ideia de que alunos com nível de aprendizagem semelhante avançam na mesma velocidade, o que não é necessariamente uma regra.
Se os professores souberem explorar a interação entre alunos com vivências e níveis de conhecimento diferentes, essa relação horizontal pode facilitar o entendimento das aulas.
Isso acontece porque, em muitos casos, uma criança assimila melhor o conteúdo com a ajuda de um colega do que com a explicação do professor.
Além disso, essa separação pode gerar problemas de autoestima, reduzir a motivação dos alunos com baixo desempenho e reforçar estigmas, prejudicando até mesmo o desenvolvimento socioemocional dos estudantes. Com isso, a escola pode prejudicar justamente os alunos que mais precisam de seu estímulo.
Este tipo de critério também gera outros conflitos dentro da escola, pois alguns professores podem se sentir prejudicados quando são alocados nas turmas de menor rendimento durante a atribuição de salas.
Por outro lado, existem escolas que preferem manter a mesma organização de turmas ao longo dos anos, em alguns casos durante toda a vida escolar dos estudantes.
Este critério para formação de turmas ajuda no crescimento do vínculo entre os colegas e facilita a convivência, mas é preciso tomar cuidado para não consolidar papéis e estigmatizar os alunos.
Às vezes, um estudante assume um papel (o líder ou o bagunceiro, por exemplo) e não consegue se libertar deste rótulo. Assim, uma mudança de turma de um ano para outro pode ajudá-lo a construir uma nova identidade.
Como estabelecer critérios para a formação de turmas na escola?
O primeiro passo para o gestor escolar melhorar a organização das turmas na escola é observar as dinâmicas dos grupos com relação à convivência e à aprendizagem.
Nesse sentido, ficar atento às ações tanto em sala de aula quanto nos intervalos, conversar com professores e monitores são medidas que ajudam a identificar problemas e encontrar soluções coletivamente.
Também é importante mapear as relações interpessoais dos alunos, identificar as figuras de liderança e os casos de isolamento. A partir disso, é possível aperfeiçoar o trabalho pedagógico e criar um espaço democrático, inclusivo e com base na diversidade.
Para isso, algumas medidas simples, como distribuir proporcionalmente nas turmas os alunos novos, com necessidades especiais de aprendizagem e que demandam ações pedagógicas específicas, ou equilibrar a quantidade de meninos e meninas nas turmas, podem fazer a diferença no dia a dia.
Além disso, o gestor escolar deve ficar atento para integrar os alunos que trabalham bem e têm mais facilidade, com os que têm dificuldade de aprendizado, já que essa troca entre os discentes auxilia na compreensão dos conteúdos. Intervir na formação das turmas deve ter como objetivo o desenvolvimento do potencial de todos os alunos.
Assim, é fundamental ter objetivos bem definidos e estabelecer critérios para formação de turmas que incentivem a diversidade e criem condições para facilitar o aprendizado.
A escola também deve preparar os professores e promover a formação adequada para lidar com a heterogeneidade das turmas da melhor maneira possível.
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