Setembro Amarelo: a importância de conversar sobre saúde mental nas escolas
A adolescência é uma fase que costuma trazer uma série de mudanças físicas e emocionais, o que pode acabar afetando a saúde mental dos jovens. Por isso, trabalhar a campanha Setembro Amarelo nas escolas é uma forma de conscientizar os alunos e profissionais sobre a prevenção ao suicídio e incentivar a busca por ajuda psicológica quando necessário.
A campanha Setembro Amarelo foi criada em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) como conscientização sobre a prevenção do suicídio. A data foi escolhida como parte das ações do Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, em 10 de setembro.
O suicídio é um assunto bastante delicado, mas é importante que seja debatido na sociedade como uma forma de prevenção, visando a salvar vidas.
Por que é importante debater sobre suicídio nas escolas?
Durante a infância e adolescência, a escola é um dos principais espaços de sociabilização e formação.
É neste ambiente que as crianças e adolescentes passam a maior parte do tempo, o que possibilita a identificação de comportamentos como queda do rendimento escolar, isolamento, dificuldade de relacionamento, sinais de automutilação, abuso de álcool e drogas, entre outros sinais de que a saúde mental do aluno pode estar sendo prejudicada.
Assim, as escolas têm um papel importante na prevenção e acolhimento dos alunos de diversas idades, incentivando a busca por ajuda psicológica especializada.
Nesse sentido, o gestor também é responsável por criar um ambiente seguro, com uma cultura de diálogo que promova o senso de comunidade e pertencimento de alunos, professores e demais profissionais.
Como abordar o Setembro Amarelo nas escolas?
Em primeiro lugar, é importante que a abordagem do Setembro Amarelo nas escolas seja um espaço seguro, deixando claro para os alunos que não há nenhum tipo de julgamento.
A partir disso, é fundamental estimular o diálogo e a empatia, evitando situações de discriminação e estigmas relacionados à saúde mental. Algumas formas de falar sobre a campanha nas instituições de ensino são:
- Palestras
Para realizar uma palestra, o gestor pode convidar profissionais da psicologia ou pessoas que trabalham na prevenção do suicídio, como voluntários do CVV ou ONG’s da comunidade.
Durante a ação, é importante ensinar os jovens a identificar os fatores de risco e apontar algumas soluções, como terapia, exercícios físicos, mudança de hábitos nocivos, entre outros.
Assim, os alunos e professores poderão tirar dúvidas e entender melhor os fatores que podem levar o jovem ao suicídio, quais são os sinais e como lidar com esses problemas.
- Rodas de conversa e debates
Outra forma de abordar o tema e fomentar o diálogo sobre assuntos de saúde mental é criar rodas de conversa e debates mediados por um professor ou profissional de psicologia.
Neste momento, os alunos poderão discutir suas experiências, tirar dúvidas e dizer o que pensam sobre o tema.
Além disso, em um espaço seguro para a conversa é possível entender melhor como os alunos estão e identificar potenciais fatores de risco.
- Cartazes e ações feitas pelos alunos
Uma maneira de envolver os alunos no tema e incentivar o diálogo é propor a criação de cartazes e fixação na escola para atrair a atenção das pessoas.
Com o auxílio dos professores, os adolescentes irão pesquisar sobre o assunto e debater com outros grupos de uma forma prática e criativa.
Além disso, os docentes podem utilizar filmes, séries de televisão, livros, músicas e outros exemplos da cultura pop para estimular o debate.
O Setembro Amarelo é uma oportunidade para a instituição abordar assuntos relacionados à saúde mental e promover a conversa entre alunos, professores e a comunidade escolar.
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