O que é e como lidar com o cyberbullying na escola
Mensagens ofensivas, comentários depreciativos, ameaças e outros tipos de agressão encontraram no ambiente virtual um espaço amplo e difícil de ser monitorado. Com a popularização da internet e o uso constante das redes sociais, o bullying se expandiu para o ambiente virtual e recebeu uma nova denominação: cyberbullying.
O cyberbullying é a prática de humilhação, intimidação, perseguição, exposição vexatória, calúnia e difamação por meio de ambientes virtuais, como redes sociais, aplicativos de mensagens e e-mails.
Este tipo de agressão ocorre de forma sistemática e contínua por meio da internet, fazendo com que um indivíduo seja atacado devido à sua aparência ou comportamento.
O bullying entre adolescentes e até mesmo crianças é bastante praticado no ambiente escolar, enquanto o cyberbullying ultrapassa as fronteiras físicas e faz com que seja praticamente impossível para a vítima escapar dos ataques, que acontecem o tempo todo.
Entre as ações mais comuns, estão a divulgação de fotografias íntimas, exposição de fotografias ou montagens constrangedoras, mensagens de ódio com críticas à aparência física, opinião ou comportamento social do indivíduo, publicação de ofensas e xingamentos, envio de ameaças, entre outras formas de assédio virtual.
Muitos agressores são conhecidos das vítimas e usam seus próprios nomes, enquanto outros podem utilizar perfis falsos (fakes) para proteger sua identidade e evitar a responsabilização.
Uma pesquisa do Instituto Ipsos, de 2018, apontou que o Brasil é o segundo país com mais casos de Cyberbullying do mundo, em um ranking de 28 nações.
Outra pesquisa divulgada pelo UNICEF em 2019 mostrou que um em cada três jovens em 30 países disse ter sido vítima de bullying online. No Brasil, 37% dos respondentes afirmaram ter sofrido cyberbullying e as redes sociais, principalmente o Facebook, foram o espaço mais citado.
Como lidar com o cyberbullying na escola
Ainda que o bullying virtual não ocorra no ambiente escolar, essas práticas são bastante comuns e podem ter sérias consequências para a vida de crianças e adolescentes, como quadros de depressão, ansiedade e síndrome do pânico.
Se o caso não for descoberto e interrompido, a vítima pode carregar sintomas de trauma para o resto da vida, causando baixo desempenho escolar, dificuldades de se relacionar com outras pessoas e problemas para se inserir no mercado de trabalho no futuro.
Além disso, 36% dos respondentes da pesquisa da UNICEF disseram que já faltaram à escola após terem sofrido cyberbullying de colegas de classe, tornando o Brasil o país com a maior porcentagem neste quesito da pesquisa.
A Lei nº 13.185/15, também conhecida como Lei Anti-Bullying, institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying) e reforça a importância de tratar este tema nas escolas.
Com isso, as instituições de ensino devem assegurar a implementação de iniciativas de conscientização, prevenção e combate ao bullying e cyberbullying, envolvendo toda a comunidade escolar com o objetivo de aumentar a efetividade das ações.
Para isso, é importante realizar atividades que estimulem a colaboração entre os alunos e seu envolvimento com o assunto para desenvolver uma consciência mais empática.
Algumas ações que podem ser realizadas são:
- Criação de campanhas de conscientização contra o bullying e cyberbullying, tanto no espaço físico da escola quanto no ambiente virtual. A escola pode pedir que os alunos produzam peças gráficas para incentivar o engajamento e o compartilhamento nas redes sociais, estimulando o uso saudável desses espaços.
- Realização de rodas de conversa, onde os alunos possam compartilhar suas dúvidas, preocupações e casos em que se sentiram intimidados por colegas na internet.
- Debates e conversas com psicólogos e professores que ajudem na conscientização.
- Utilização de casos reais de cyberbullying, ou a indicação de filmes e séries de televisão que ajudem os alunos a se identificarem com as vítimas e tenham empatia.
Também é importante que os professores e gestores estejam atentos ao comportamento dos estudantes, pois alguns sinais como introspecção, tristeza, agressividade, desânimo durante as aulas, dificuldade de concentração e excesso de faltas podem indicar que há algum problema.
Ao notar práticas de agressões no ambiente virtual, a escola deve entrar imediatamente em contato com os pais dos alunos envolvidos e informar sobre as possíveis consequências psicológicas, sociais e jurídicas deste tipo de comportamento.
Para colocar essas ações em prática, é preciso que os professores tenham tempo de conversar com os alunos e planejar a realização de atividades de prevenção e conscientização.
Assim, os profissionais têm mais tempo para estimular a integração dos alunos e combater o cyberbullying na escola.
Neste sentido, a disponibilidade de tempo é fator crucial para estimular a integração entre os alunos e o combate ao cyberbullying na escola.
Para ganhar tempo, o gestor deve se utilizar de toda a tecnologia disponível, inclusive para a elaboração das grades horárias dos professores.
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