Novo Ensino Médio: o que muda a partir de 2022
O Novo Ensino Médio passa a valer a partir de 2022 e será implantado gradativamente nas escolas públicas e privadas de todo o país. O objetivo das mudanças é melhorar o desempenho dos estudantes e alinhar o currículo escolar às novas necessidades do mundo contemporâneo, combatendo as altas taxas de abandono, reprovação e atraso escolar.
Alterações na grade curricular, aumento de horas letivas anuais, implantação do Projeto de Vida e áreas do conhecimento de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) são algumas mudanças trazidas pelo Novo Ensino Médio. Saiba mais sobre cada uma delas:
O que é o Novo Ensino Médio?
O Novo Ensino Médio é um modelo de aprendizagem dividido em áreas do conhecimento, seguindo as diretrizes da BNCC, e que tem como objetivo promover o protagonismo dos estudantes, aumentando a conexão entre os jovens e a escola.
Além disso, esse formato possibilita que os estudantes optem por uma formação técnica e profissionalizante, preparando-os para o mercado de trabalho.
Na prática, há um aumento gradual na carga horária dos três anos de Ensino Médio e uma flexibilização do currículo, de modo que os alunos possam escolher parte do que vão estudar – de acordo com as possibilidades oferecidas pela escola.
Principais mudanças em 2022
Divisão de disciplinas por área do conhecimento
A partir de 2022, a grade curricular do Ensino Médio será dividida em áreas do conhecimento, de forma similar à que já está sendo praticada no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem):
- Linguagens e suas Tecnologias;
- Matemática e suas Tecnologias;
- Ciências da Natureza e suas Tecnologias;
- Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
Seguindo essa divisão, as redes de ensino poderão organizar os currículos de forma que os componentes de uma mesma área sejam trabalhados de forma integrada, como Linguagens e Ciências Humanas, por exemplo.
Assim, disciplinas como matemática e português continuarão sendo obrigatórias, já as demais serão reunidas nessas quatro áreas do conhecimento que compõem os itinerários formativos.
É importante ressaltar que essa grade não deve ultrapassar o limite de 1.800 horas ao longo dos três anos de Ensino Médio.
- Itinerários formativos
Os itinerários formativos são o conjunto de unidades curriculares ofertadas pelas escolas, possibilitando aos alunos aprofundarem seus conhecimentos em determinado tema.
Assim, podem estar organizados por área do conhecimento e formação técnica e profissional ou integrar diferentes áreas, competências e habilidades de acordo com as diretrizes da instituição.
O objetivo dessa mudança é fazer com que o aluno termine o Ensino Médio com uma formação ou conhecimentos específicos que o ajudem a entrar no mercado de trabalho sem precisar de um diploma de Ensino Superior.
Para isso, os estudantes poderão cursar um ou mais itinerários formativos, de modo simultâneo ou sequencial, de acordo com seu projeto de vida e a oferta das instituições, que terão autonomia para definir os currículos e formatos.
Na prática, os itinerários formativos irão ocupar 1.200 horas divididas nos três anos do Ensino Médio.
- Projeto de Vida
O Projeto de Vida na escola é um itinerário voltado para o autoconhecimento do estudante, em busca de responder às perguntas “Quem eu sou?” e “Quem eu quero ser?”, articulando o caminho entre elas de forma independente e objetiva.
Esse processo envolve planejamento e prática, de modo que o jovem aprenda a se conhecer melhor, identificar seus potenciais e interesses, definindo metas e estratégias para alcançá-los.
Embora tenha uma carga horária mínima, que varia de acordo com as regras de cada instituição, não serão exigidos provas ou trabalhos aos quais serão atribuídas notas.
Assim, ao trabalhar qualquer uma das competências gerais da BNCC, inclusive o Projeto de Vida, é preciso explorar três pilares: social, pessoal e profissional.
Para saber como implementar o Projeto de Vida na sua escola, confira nosso texto sobre o assunto.
- Aumento na carga horária anual
Com o Novo Ensino Médio, a carga horária anual passará de 800 para 1.000 horas, chegando a 3.000 horas até 2024.
Para atingir esse total, o tempo de aula que era de 4 horas por dia, em média, passará a 5 horas diárias já a partir de 2022.
Segundo as novas diretrizes, as áreas do conhecimento ocuparão 60% do tempo da grade e não podem ultrapassar o limite de 1.800 horas totais ao final dos três anos. Já os itinerários formativos irão ocupar 40% da grade, no total 1.200 horas.
Como você viu, as escolas precisarão se adaptar às mudanças e, nesse processo, a tecnologia será a principal aliada do gestor escolar, facilitando a redistribuição dos horários, a inclusão de disciplinas e o planejamento do ano letivo.
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