Coronavírus: impactos na educação
A pandemia do novo coronavírus e da doença COVID-19 está causando impactos na educação, na economia, no trabalho e em outros aspectos da vida cotidiana de diversos países ao redor do mundo. Com isso, metade da população estudantil mundial está afastada das escolas e universidades, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
Esse número corresponde a mais de 850 milhões de crianças e jovens com os estudos interrompidos em mais de 100 países. Segundo a organização, a escala e a velocidade dos fechamentos das instituições de ensino são um desafio sem precedentes na educação, o que fez com que escolas e universidades do mundo inteiro buscassem soluções de educação a distância para lidar com a pandemia de coronavírus.
O formato envolve videoaulas em tempo real, gravação de vídeos, realização de atividades online e ampliação da programação educativa em canais de televisão e rádio.
As aulas a distância e a utilização de plataformas digitais são mais fáceis de serem aplicadas para os alunos do ensino superior, pois muitas instituições utilizavam essas mídias antes da suspensão das aulas presenciais.
Para a educação básica, no entanto, o desafio é maior, já que nem todas as escolas estão preparadas e precisam introduzir e se adaptar às novas tecnologias em pouco tempo. Além disso, as crianças e adolescentes precisam desenvolver autonomia para estudar por conta própria sem a presença do professor.
Suspensão das aulas por tempo indeterminado
A maioria das instituições de ensino, tanto públicas quanto particulares, está com as aulas presenciais suspensas por tempo indeterminado para frear a transmissão do coronavírus.
Por isso, no dia 1 de abril, o governo federal determinou que as escolas da educação básica e as instituições de ensino superior poderão distribuir a carga horária em período diferente dos 200 dias letivos previstos em lei.
Na prática, as instituições de ensino deverão cumprir as horas determinadas em uma quantidade menor de dias letivos e a regulamentação das alternativas deverá ser feita pelos conselhos municipais e estaduais de educação, juntamente com os pais e professores.
No Paraná, o decreto do governo estadual que suspendeu as aulas presenciais determinou que a paralisação entre os dias 20 de março e 4 de abril será a antecipação do recesso de julho. A princípio, algumas escolas particulares estão adotando o mesmo cronograma, sempre levando em consideração que o período de isolamento pode se estender.
Essa incerteza a respeito das medidas tem preocupado pais, professores e gestores de instituições de ensino em todo o país.
Respondendo a dúvidas sobre o ensino durante a pandemia da COVID-19, o Conselho Nacional de Educação esclareceu que as atividades não presenciais podem ser validadas como conteúdo acadêmico aplicado e aproveitadas dentro das horas de efetivo trabalho escolar.
Se a escola ou rede de ensino não puder realizar aulas a distância, as atividades devem ser repostas em relação aos conteúdos e aos dias letivos, de acordo com a publicação. Para isso, as decisões e regulamentações sobre a forma de reposição deverão ser realizadas pelos estados e municípios.
Sobre o futuro próximo da educação brasileira, o comunicado diz que o Ministério da Educação está colaborando com as instituições em busca de soluções dinâmicas para garantir que a educação não pare nesse período.
“A educação brasileira é robusta. As instituições públicas e privadas de todos os níveis educacionais vêm demonstrando responsabilidade e compromisso na adoção de medidas que respaldem o direito de seus estudantes ao aprendizado continuado. Isso é muito importante para o Brasil”
Conselho Nacional de Educação
Impactos do coronavírus na educação
Com o fechamento das escolas, também há a preocupação com os custos sociais e econômicos para os alunos. A UNESCO destaca que muitas crianças e adolescentes ficam sem a alimentação oferecida pela escola e também podem sofrer com a falta de acesso a ferramentas digitais.
Além disso, quando as aulas retornarem, há o risco de aumento das taxas de evasão escolar, já que muitos estudantes precisarão trabalhar para ajudar os pais devido à crise econômica e outros vão considerar o ano como perdido.
Nesse cenário, professores e gestores precisarão criar estratégias de combate a estes e outros problemas.
Algumas medidas que já estão em vigor para minimizar os impactos do coronavírus na educação envolvem a destinação de alimentos da merenda escolar para os estudantes mesmo sem aulas presenciais. Muitas crianças e adolescentes, principalmente, fazem sua única refeição do dia na escola e, com a suspensão das aulas, podem ficar sem comer.
Por isso, muitos estados estão distribuindo alimentos para as famílias ou pagando uma espécie de vale-alimentação durante o período em que as escolas estarão fechadas. O MEC também anunciou o repasse de recursos para as escolas públicas intensificarem a compra de materiais de limpeza e higiene.
Apesar do cenário incerto e em constante mudança, as escolas precisarão de apoio quando do retorno às aulas presenciais. Acreditamos que as grades de horários deverão ser refeitas para adequar a reposição de conteúdo e outras práticas. Assim, nós da Geha – Sistemas Especialistas, desenvolvedora do URÂNIA, estamos engajados e nos colocamos à disposição para atuar junto às instituições de ensino colaborando no que for necessário.