Setembro Amarelo: precisamos falar sobre depressão e saúde mental nas escolas
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7 de setembro de 2022
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão atinge cerca de 350 milhões de pessoas no mundo. É uma doença crônica, psiquiátrica e recorrente, sendo ligada de forma mais rotineira a pessoas na faixa dos 25 aos 45 anos, mas que também acomete crianças e adolescentes. Por isso, falar de saúde mental nas escolas é fundamental para prevenir as consequências nocivas da doença no ambiente escolar.
Depressão e saúde mental nas escolas
A depressão é uma doença que altera o humor e costuma estar relacionada com culpa e baixa autoestima. Além de distúrbios de sono e apetite, a condição também carrega a falta de perspectivas para o futuro e o sentimento de incapacidade de lidar com os problemas comuns da rotina.
Essa condição é um fator de risco preocupante para o suicídio. Especialmente por se tratar de uma doença pouco compreendida, muitas pessoas ainda culpam quem sofre com a depressão, a exemplo do que acontece com o alcoolismo e a obesidade. Preguiça, fraqueza e irresponsabilidade são alguns dos adjetivos associados à enfermidade, o que dificulta a busca por ajuda e torna o tratamento ainda mais desafiador.
No caso de crianças e jovens, a percepção da família é fundamental para identificar a doença, assim como a observação pelo corpo docente na escola. Os professores têm um papel importante neste cenário pois, normalmente, são os primeiros a notar quando os alunos mudam de comportamento.
Mas, como saber que se trata apenas de uma tristeza transitória ou patológica?
Muitas crianças e adolescentes lidam diariamente com situações que podem deflagrar mudanças comportamentais, como:
- separação e divórcio dos pais;
- descoberta da sexualidade;
- bullying e problemas de socialização;
- morte ou doença de entes queridos;
- problemas socioeconômicos;
- dificuldades de aprendizagem.
E, claro, não podemos esquecer dos reflexos da pandemia, que dificultaram a readaptação de alguns alunos ao ambiente escolar.
Como os professores raramente têm uma qualificação específica para lidar com esse tipo de problema, a coordenação pedagógica também deve atuar para identificar os sinais e fazer o encaminhamento necessário junto à família.
Qual é o impacto da depressão em alunos e professores?
Uma das consequências que a depressão pode desencadear é o aparecimento de questões, até então, desconhecidas para o aluno. A queda no rendimento escolar é um exemplo, assim como o isolamento e distanciamento dos colegas de classe.
Também é relevante citar o aumento do número de faltas, reprovações em disciplinas e a evasão escolar, que tornam a situação desta criança ou adolescente ainda mais vulnerável para prejuízos educacionais a longo prazo e à consequência mais grave da doença, que é o suícidio.
Para evitar chegar a esse ponto, a escola pode adotar algumas medidas para facilitar a identificação da doença:
1) Manter um canal aberto de diálogo e comunicação
Uma das formas de identificar os sinais de depressão e outros transtornos mentais é a vontade do próprio aluno de expressar suas dificuldades para o professor. Muitas vezes, a criança ou o adolescente não fala de forma evidente, mas pode se sentir acolhido quando questionado e abrir espaço para o diálogo.
Além disso, incentivar a comunicação entre os próprios alunos se torna bastante efetivo, pois os colegas também são fundamentais para identificar quando algo não vai bem. Isso pode ser feito por meio de dinâmicas de grupo, por exemplo, que também são um ponto positivo para estimular a socialização e trabalhar diretamente na prevenção do isolamento, que é um fator de risco para a depressão.
2) Acompanhar o desempenho dos alunos
Um dos principais sintomas de depressão na escola é a queda do desempenho escolar. Esse também é um dos sinais mais fáceis de serem identificados pelos professores. Portanto, uma forma de evitar as consequências do agravamento dos transtornos mentais é acompanhar o desempenho do aluno e agir de forma proativa.
3) Estimular a participação da família no ambiente escolar
A participação dos pais e responsáveis na fase escolar também é essencial para a saúde mental de crianças e adolescentes, além de contribuir para uma melhora no desempenho dos alunos.
4) Monitorar os padrões de comportamento dos alunos
Mudança drástica no círculo social, perda de interesse por atividades que gostava e falta de cuidado com a higiene pessoal são alguns dos sinais que precisam acender um alerta na escola. Qualquer tipo de comportamento suspeito deve ser investigado.
Também é preciso estar atento na forma como os alunos usam a Internet, especialmente em tempos de redes sociais. Quando mal utilizadas, essas ferramentas podem estimular e agravar a doença.
Crianças e adolescentes devem sentir segurança para se expressar
Saúde mental é um assunto que precisa ser tratado de forma séria e no âmbito preventivo.
Para isso, as crianças e adolescentes precisam encontrar na escola um espaço seguro para falar sobre os problemas que enfrentam de forma leve e sem julgamentos.
Esse canal de diálogo pode ser efetivado de forma aberta ou anônima, abrindo possibilidades para que colegas de classe também se sintam confortáveis para alertar os gestores sobre alguma situação específica.
Setembro Amarelo
O Setembro Amarelo é uma oportunidade para a escola abordar a depressão e outros assuntos relacionados à saúde mental em conversas com os alunos, professores e a comunidade escolar.
A campanha foi criada em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção do suicídio. O mês de setembro foi escolhido por conta do Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, no dia 10.
Nós da GEHA, empresa desenvolvedora do URÂNIA, temos como missão melhorar a qualidade de vida das pessoas ligadas à educação e incentivamos o diálogo sobre saúde mental e a busca por ajuda psicológica quando necessário.
Por isso, a nossa solução para organização de horários escolares foi desenvolvida para otimizar e valorizar o tempo dos profissionais da educação e permitir a criação de projetos de conscientização tão importantes quanto os relacionados à saúde mental, depressão e suicídio.
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