4 características de um diretor de escola de sucesso
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30 de março de 2017
O diretor de um estabelecimento de ensino é, antes de tudo, um gestor, com as suas atribuições e responsabilidades, sendo aquele sobre quem recai o mérito ou as cobranças pelos resultados organizacionais.
Dentro dessa perspectiva, existem alguns atributos que precisam ser levados em conta, pois a ótima sinergia entre esses valores será a mola propulsora dos bons resultados e da satisfação de todos os envolvidos com a atividade de ensino, quais sejam professores, alunos, responsáveis, demais funcionários e a comunidade.
A proposta desse artigo é tratar de quatro atributos fundamentais, destacando como eles se relacionam para dar vida a um diretor escolar de sucesso.
1 – Organização
O diretor é alguém a quem está submetido um complexo sistema, com forte componente social e humano, a conviver com componentes administrativos, financeiros, legislativos e pedagógicos.
De um modo geral, uma boa organização pressupõe alguns valores indispensáveis para o sucesso da instituição.
Informação é algo que precisa estar sempre acessível e de forma organizada, de modo a otimizar o tempo. Isso vale também para os materiais usados no dia a dia.
Um bom ambiente é fundamental; assim, aspectos como limpeza, iluminação, ventilação, conforto e arrumação devem ser levados, se possível, à excelência. Só é possível chegar a esse resultado se houver pessoas comprometidas e felizes, com ótima divisão de tarefas na rotina do estabelecimento, com metas estipuladas de produtividade e, recompensas claras para aqueles que as atingirem.
2 – Empatia
Não é preciso estar envolvido diretamente no sistema de ensino para saber que diretor de escola é um bombeiro em potencial, que precisa estar disposto a mediar conflitos rotineiros, face à complexidade das relações humanas que o ensino envolve.
O diretor de escola de sucesso precisa ser capaz de conquistar a confiança de professores, pais, alunos e, não raro, da comunidade, mas para haver confiança é preciso haver um bom relacionamento, que não é possível sem empatia.
A figura do diretor sisudo, ditador, protegido pelo verniz de inacessibilidade e inflexibilidade está condenada ao ostracismo faz tempo. A sociedade mudou, os alunos são questionadores e precisam ser conquistados. O diretor, como qualquer gestor, precisa ser admirado, querido e disponível. As relações são cada vez mais horizontais e é preciso interagir com simplicidade, humildade e capacidade de reconhecer os próprios erros e os méritos de seus subordinados.
3 – Liderança
O líder não é aquele que comanda, mas aquele a quem as pessoas seguem espontaneamente.
É preciso, acima de tudo, que o diretor seja um notável, por seu conhecimento, e um exemplo a ser seguido, pela sua conduta.
Para ser um bom líder é preciso seguir os postulados da ética e ser o primeiro a servir. Servir é algo que pressupõe, antes de tudo ouvir, pois a melhor forma de servir é conhecer a necessidade de colaboradores e clientes. Ser ético é ser coerente, transparente, verdadeiro e, acima de tudo, justo.
4 – Curiosidade
Se liderança pressupõe, entre outros atributos, grande conhecimento, este advém da curiosidade.
A curiosidade não consiste somente em ler muito e estar antenado a tudo que ocorre no meio do ensino, à inovações tecnológicas, pedagógicas e à legislação educacional, mas também em ouvir atentamente aqueles que estão próximos, compartilhando as tarefas, compromissos e metas do dia a dia. As respostas para muitos problemas e as grandes ideias podem estar na sala ao lado.
Nunca se deve esquecer que o público-alvo da escola é composto de alunos, responsáveis e comunidade. É preciso estabelecer rotinas para que eles também sejam ouvidos porque é esse o melhor caminho para se construir um serviço excelente e uma ótima marca para a instituição.
Conclusão
Observando os atributos abordados acima, fica claro como eles se completam e interagem no sentido de resultar em um diretor de escola de sucesso.
De nada adianta uma boa organização se à frente dela não houver um líder, se não houver conteúdo, se não houver pessoas comprometidas, assim como não existe líder sem conhecimento, sem uma paixão arrebatadora por ouvir e conviver com pessoas.