Educação humanizada: o que é, quais os benefícios e como aplicar
O tempo em que os professores se mantinham distantes dos alunos ficou para trás. Isso porque, cada vez mais, é preciso reconhecer a individualidade dos discentes e deixá-los confortáveis no ambiente escolar, uma missão possível com a educação humanizada.
Afinal, a partir desse processo, a experiência dos estudantes irá muito além de adquirir conhecimento de forma automatizada. É possível estimular a socialização e a empatia, ajudar na superação de traumas e conflitos e desenvolver a afetividade.
Mas, calma! Se o tema ainda é novo para você, continue a leitura e entenderá melhor essa proposta.
O que é educação humanizada?
As instituições de ensino devem proporcionar resultados positivos no cotidiano das crianças, dos jovens e dos adultos. E, em um cenário cada vez mais tecnológico – que tende a distanciar as pessoas –, a educação humanizada é uma verdadeira aliada.
Isso porque é sinônimo de melhoria no relacionamento dos professores com os estudantes e, também, entre esses. Com tal iniciativa, cada um saberá que pode conversar, errar, esclarecer dúvidas e pedir apoio dentro e fora da sala de aula. E, naturalmente, ao serem ouvidos e reconhecidos, os alunos se sentem parte do todo.
Nesse sentido, portanto, a educação humanizada fundamenta-se em compreender a adaptação dos estudantes ao grupo e às suas particularidades.
Porque humanizar a educação é tão importante?
A educação humanizada tem a finalidade de garantir o acolhimento e o pertencimento do aluno aos grupos que integram o seu cotidiano, tanto na escola quanto em outros ambientes. Assim, o foco no espaço escolar não se restringe ao ensino do conteúdo pedagógico. O desenvolvimento socioemocional também será estimulado.
Para que isso seja possível, os envolvidos nas etapas de aprendizagem devem ter atenção a diferentes capacidades, como colaboração, empatia e inteligência emocional. Em consequência, uma relação mais amigável, próxima e saudável se estabelecerá entre os profissionais e os alunos.
Até aqui, já ficou claro que a humanização é capaz de transformar a experiência dos alunos. Isso acontece por conta da diferença notada quando as pessoas se sentem abraçadas e compreendidas, o que não tende a acontecer em um cenário impessoal.
É verdade que a tecnologia proporcionou inúmeras vantagens para a sociedade. Mas na mesma medida, também pode ser enxergada como um elemento que tornou os contatos mecânicos e superficiais, o que prejudica as trocas entre os indivíduos.
E a educação humanizada segue o caminho contrário! Por isso, é tão valiosa para as escolas que querem quebrar as barreiras entre os professores e os estudantes.
8 características da educação humanizada
Para começar, é preciso ter em mente que as pessoas aprendem de maneira colaborativa e muitas vezes gostam de trabalhar em grupo. E, por meio da educação humanizada, essas particularidades são enaltecidas, incentivadas e valorizadas, considerando muito mais o bem-estar dos alunos
Para ficar mais claro, confira abaixo 8 aspectos relevantes desse processo:
- Acolhimento dos alunos e das suas diferenças;
- Aplicável em todos os cenários;
- Aproximação entre professor e aluno;
- Exercícios que valorizam a colaboração;
- Desenvolvimento da inteligência emocional;
- Fortalecimento das relações;
- Preparo do estudante para a vida;
- Ressignificação do erro.
5 benefícios da educação humanizada
Agora, você já entendeu o que a educação humanizada significa e quais são as suas principais características. Chegou a hora de conhecer alguns benefícios da implementação desse processo:
- Aprimoramento das relações nos espaços escolares
As pessoas têm experiências e histórias diversas. E a educação humanizada deixa o espaço aberto para o diálogo, ao mesmo tempo em que valoriza as diferenças. Nesse sentido, permite que todos compartilhem o que estão sentindo, de modo que as dificuldades são trabalhadas em um ambiente seguro para resolver conflitos.
- Empatia como base para a convivência
Colocar-se no lugar do outro é um princípio essencial para a vida em sociedade, o que inclui os ambientes das instituições de ensino. Afinal, tal sentimento contribui para que se conheça os estudantes, bem como as suas angústias e necessidades. E, naturalmente, facilita para que se pense em atividades e exercícios que integrem todos, sem distinção.
- Estímulo à autoconfiança
A personalização do ensino, possível a partir da educação humanizada, estimula o desenvolvimento pessoal, o que faz com que o estudante tenha um espaço favorável ao fortalecimento da autoestima e da autoconfiança. E não restam dúvidas do quanto as pessoas podem ir mais longe quando acreditam no próprio potencial.
- Maior motivação no processo de aprendizagem
Cada aluno lida com os estudos de uma forma e existem diferentes aspectos que podem impactar no interesse nas aulas e, consequentemente, no processo de aprendizagem. Ao oferecer um ponto de apoio, os profissionais que aplicam a educação humanizada são capazes de aproximar os conteúdos da história de cada um e despertar a curiosidade, o que tende a estimular o desejo de aprender mais.
- Trocas produtivas entre os professores
Ao praticar a educação humanizada, a instituição de ensino incentiva que os profissionais debatam as possibilidades e troquem experiências. É um processo bastante valioso, uma vez que tais conversas podem se desdobrar em novas ações e estratégias, considerando sempre o que é mais agregador para o estudante.
Como iniciar o processo de humanização da educação nas escolas?
Antes de tudo, é preciso entender que a educação humanizada envolve o comprometimento de todas as partes. Dos alunos até os administradores da escola. Afinal, o conceito só funcionará se todos estiverem cientes da ideia e preparados para fazê-la acontecer.
Dito isso, é fundamental que sejam realizados exercícios com o objetivo de desenvolver a inteligência emocional. E que se implante uma autoavaliação dos estudantes. Ao mesmo tempo, oferecer atividades que abordem a educação humanizada também é uma estratégia.
A realização de um planejamento educacional das aulas também é um caminho. Sendo necessário estabelecer como o aprendizado poderá acontecer cruzando as observações sociais e a realidade dos estudantes.
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