A importância da busca pela educação inclusiva
Tempo estimado de leitura: 10 minutos
8 de maio de 2024
O Abril Azul pode ter chegado ao fim, mas a busca por uma educação inclusiva deve continuar. Afinal, em meio a uma sociedade cada vez mais diversa, promover a inclusão e o acesso a uma educação igualitária é obrigação de todos.
Neste artigo, iremos explorar o cenário atual da educação inclusiva no Brasil e apresentar as perspectivas para o futuro da inclusão no país.
Continue acompanhando para se informar sobre o assunto!
O que é educação inclusiva?
Antes de falarmos sobre o cenário da educação inclusiva no Brasil, é necessário contextualizar esse tema.
A educação inclusiva é um modelo de ensino que busca garantir o acesso de todos à educação, independentemente de características, necessidades, habilidades ou diferenças.
Neste modelo, o objetivo é proporcionar a igualdade de oportunidades, criando um ambiente educacional capaz de acolher as diversidades étnicas, sociais, culturais, físicas, intelectuais, entre outras, e garantir o acesso, a participação, a aprendizagem e o desenvolvimento de todos os alunos, sem exceções.
Mas para alcançar estes objetivos e assegurar o pleno atendimento às necessidades individuais de cada aluno, no dia a dia, a educação inclusiva demanda uma transformação dos seguintes aspectos das Instituições de Ensino (IEs):
- Cultura;
- Práticas pedagógicas;
- Políticas internas;
- Estratégias de ensino;
- Materiais didáticos;
- Ambientes escolares.
Em resumo, a educação inclusiva atua para promover uma formação integral e sem preconceitos, reconhecendo as diferenças humanas e valorizando-as.
Leia também: “Abril Azul: Como promover a educação inclusiva para alunos com autismo”
A educação inclusiva se baseia em quatro pilares fundamentais:
- Acessibilidade
Garantir que todos os alunos, independentemente de suas habilidades ou limitações, tenham acesso igualitário aos recursos educacionais. Isso envolve adaptações físicas, tecnológicas e pedagógicas para atender às necessidades individuais de cada aluno. - Participação
Incentivar a participação ativa e significativa de todos os alunos no ambiente escolar, promovendo um senso de pertencimento e colaboração. Isso requer práticas pedagógicas que valorizem a diversidade e respeitem as diferentes formas de aprendizado. - Aprendizado
Focar no desenvolvimento integral de cada aluno, reconhecendo e valorizando suas habilidades, interesses e potenciais. Isso implica em um currículo flexível e diversificado, que atenda às necessidades de todos os alunos, sem deixar nenhum para trás. - Respeito à diversidade
Cultivar um ambiente escolar acolhedor e respeitoso, onde as diferenças são celebradas e não toleradas. Isso envolve a promoção da empatia, da tolerância e do respeito mútuo entre alunos, professores e toda a comunidade escolar.
Uma educação inclusiva beneficia alunos e toda a comunidade escolar, promovendo a diversidade, o respeito e a igualdade de oportunidades, e preparando os alunos para viverem em uma sociedade plural e inclusiva.
Diferenças entre educação inclusiva e educação especial
Embora relacionadas, a educação inclusiva e a educação especial têm abordagens e objetivos diferentes.
Enquanto a educação inclusiva busca a integração de todos os alunos em salas de aula regulares, a educação especial se concentra no atendimento específico às necessidades de alunos com deficiência ou necessidades educacionais especiais, muitas vezes em ambientes segregados.
Assim, a legislação determina que o público-alvo da educação especial, na perspectiva da educação inclusiva, é composto pelos estudantes com deficiência, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e altas habilidades/superdotação.
Panorama da educação inclusiva no Brasil
No Brasil, a educação inclusiva é assegurada por lei. A Constituição Federal de 1988 e a Lei nº 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) estabelecem que a educação é um direito de todos e que o Estado tem o dever de fornecer atendimento educacional especializado a alunos com necessidades especiais.
Já a Lei nº 13.146/2015, Lei Brasileira de Inclusão (LBI), busca assegurar e promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoas com deficiência, visando a inclusão social e a cidadania.
A LBI estabelece que toda pessoa com deficiência possui o direito de estudar em uma escola comum, e confirma o dever do Estado de assegurar um sistema educacional inclusivo em todos os níveis.
No entanto, de acordo com a Global Partnership for Education (GPE), muitas crianças ainda são excluídas do aprendizado em ambientes seguros, saudáveis e livres de discriminação.
Segundo dados de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pessoas com deficiência estão menos inseridas na educação em comparação com o restante da população.
A Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) apontou que 89,3% das crianças com deficiência de 6 a 14 anos frequentam o ensino fundamental, contra 93,9% das crianças sem deficiência na mesma faixa etária.
Quando se trata de pessoas mais velhas, a taxa é ainda menor: 71,3% dos alunos com deficiência entre 11 e 14 anos frequentam o ensino fundamental, contra 86,1% dos estudantes sem deficiência na mesma faixa etária.
Já no ensino médio, a PNAD Contínua demonstrou que 54,4% dos jovens com deficiência entre 15 a 17 anos frequentam a escola, contra 70,3% dos jovens sem deficiência na mesma faixa etária.
Por fim, a presença no ensino superior é 14,3% entre as pessoas com deficiência de 18 a 24 anos, contra 25,5% das pessoas sem deficiência na mesma faixa de idade.
Os dados levantados pelo IBGE reforçam a importância de promover a educação inclusiva em todos os níveis de ensino no Brasil.
Afinal, apesar dos avanços da educação inclusiva na rotina das escolas, e do crescente aumento no número de matrículas de alunos com deficiência, ainda há um longo caminho a ser percorrido no quesito políticas públicas e melhorias da inclusão no ensino.
Perspectivas e desafios da educação inclusiva
Depois do ambiente familiar, a escola representa, muitas vezes, o primeiro contato social das crianças. Neste ambiente, elas convivem com as diferenças de opiniões, valores, crenças, entre outros pilares essenciais para a formação do caráter.
Investir na inclusão de alunos com deficiências e necessidades distintas em classes regulares ajuda a trabalhar cada vez mais estas bases no dia a dia de crianças e jovens.
Isso porque conviver em um ambiente escolar inclusivo permite que o estudante perceba a singularidade do ser humano, contribui para a redução do preconceito e da exclusão, e possibilita que todas as crianças aprendam a conviver com a diversidade, enquanto se desenvolvem socialmente e intelectualmente.
No entanto, ainda existem diversos desafios a serem enfrentados na busca por uma educação mais inclusiva.
Um deles é o subdiagnóstico, ou seja, a falta de um diagnóstico completo e a ausência de um acompanhamento médico para crianças que apresentam sintomas de alguma deficiência “invisível”.
Nestas situações, os professores não são capazes de atuar de forma efetiva. Isso dificulta o desempenho destes profissionais, que têm um papel central no desenvolvimento da educação inclusiva, já que são responsáveis por:
- Identificar as necessidades individuais de cada aluno e adaptar suas práticas pedagógicas para atender a essas necessidades;
- Promover um ambiente de aprendizado colaborativo e respeitoso, onde todos os alunos se sintam valorizados e incluídos;
- Trabalhar em parceria com outros profissionais da educação, famílias e comunidade para garantir o apoio necessário a cada aluno.
Para tornar o ensino mais igualitário, é preciso investir em algumas mudanças, como:
- melhorias na capacitação de professores e monitores de apoio;
- incentivo do uso de recursos pedagógicos mais adequados;
- suporte ao desenvolvimento das crianças;
- infraestrutura adequada;
- parceria entre escola e família;
- entre outros.
No Brasil, o caminho a ser percorrido por crianças e jovens com deficiência ainda é longo e repleto de desafios, superações e aprendizados que ultrapassam o acesso a uma educação de qualidade.
Contudo, a presença ativa destas crianças em ambientes educacionais possibilita que elas tenham contato com as ferramentas necessárias para o desenvolvimento intelectual e social.
O papel do URÂNIA na promoção da educação inclusiva
A promoção da educação inclusiva é um desafio que exige o comprometimento de toda a comunidade escolar. Ao compreender os pilares da educação inclusiva, respeitar a legislação vigente, valorizar o papel dos professores e investir em recursos adequados, as escolas podem criar ambientes acolhedores e inclusivos, onde todos os alunos tenham a oportunidade de aprender, crescer e alcançar seu pleno potencial.
A organização da Instituição de Ensino é um passo essencial para promover a inclusão no ambiente educacional, e o URÂNIA é a ferramenta ideal para contribuir nesse processo.
Solução inovadora para escolas e instituições de diferentes portes, o URÂNIA auxilia na elaboração e adaptação de horários escolares personalizados de acordo com as necessidades individuais de cada aluno, promovendo um ambiente mais acolhedor e que valoriza a inclusão.
Com o URÂNIA, os gestores podem construir uma rotina de horários escolares bem estruturada e adequada para todos os estudantes, auxiliando na adaptação e inclusão de alunos com diferentes necessidades no dia a dia escolar.
Ao permitir ainda a manutenção e adequação do quadro de horários ao longo do ano letivo, o software URÂNIA traz mais flexibilidade para dentro das Instituições de Ensino, proporcionando um ambiente propício para a educação inclusiva e para o desenvolvimento social e acadêmico de todos os estudantes.
Conheça o URÂNIA e testemunhe como a elaboração de horários escolares de forma eficiente faz toda a diferença na inclusão dos estudantes.
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