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Volta às aulas presenciais: o que podemos aprender com outros países

Tempo estimado de leitura: 6 minutos

7 de outubro de 2020

volta às aulas

Desde o início do ano, mais de 1,6 bilhão de alunos em 190 países foram afetados pela suspensão das atividades presenciais devido à pandemia de Covid-19, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Muitos países já estão preparando a volta às aulas, mas, até setembro, quase 900 milhões de estudantes ainda estavam longe das salas.

A volta às aulas presenciais no Brasil ainda não tem uma data definida e depende de decisões individuais dos estados. 

Porém, sabemos que será necessário adotar medidas sanitárias para conter a disseminação do vírus e garantir a segurança dos alunos, professores e demais funcionários da escola.

Nesse momento de incertezas, é importante olhar para o que os outros países estão colocando em prática e identificar a melhor maneira de retornar ao espaço físico da escola.

O Levantamento Internacional da Retomada das Aulas Presenciais, divulgado pela consultoria Vozes da Educação em agosto, retrata a classificação de 20 países com relação ao êxito da reabertura das escolas. 

Os países considerados satisfatórios, ou seja, em que as escolas reabriram e não registraram contaminação entre alunos e professores que saísse do controle, são:

  • Alemanha;
  • China;
  • Dinamarca;
  • França;
  • Nova Zelândia;
  • Portugal;
  • Singapura.

Os países em que as escolas reabriram há menos de 30 dias da divulgação do relatório e ainda não há dados são:

  • Chile;
  • Estados Unidos;
  • Nigéria;
  • Uruguai.

Em alguns lugares as escolas ainda não reabriram, cancelaram o ano letivo ou não fecharam desde o início da pandemia, como:

  • Suécia;
  • Bolívia;
  • Itália;
  • Canadá;
  • Argentina;
  • Peru;
  • Índia.

Volta às aulas ao redor do mundo

Cada país adotou seus próprios critérios para a reabertura das escolas, com medidas de segurança e resultados diferentes. Confira alguns exemplos de países que retornaram com as atividades educacionais presenciais:

Alemanha

A Alemanha é um dos países europeus que se tornaram referência na gestão da crise de coronavírus. 

As aulas foram suspensas em 16 de março, quando havia menos de 5 mil casos, retornando parcialmente em 20 de abril com prioridade para os alunos do Ensino Médio, pois precisavam fazer provas de acesso às universidades.

Assim, a reabertura integral ocorreu no início de agosto, após as férias de verão, de maneira gradual por estados.

Os protocolos incluem medidas rígidas de higiene e distanciamento social, com revezamento de turmas e uso obrigatório de máscaras em alguns estados. Além do fechamento preventivo de escolas em que casos da doença forma confirmados.

China

A China teve o primeiro caso de coronavírus em janeiro, quando as aulas foram paralisadas. Em fevereiro, houve uma desaceleração das contaminações, mas o retorno presencial de alunos do Ensino Médio só ocorreu entre o final de maio e início de junho.

Já a Educação Infantil e o Ensino Fundamental retornaram apenas no início de setembro, após as férias de verão. 

As medidas sanitárias de prevenção incluem o uso de máscaras, aferição de temperatura com pulseiras eletrônicas, tenda de desinfecção, marcadores de distanciamento social, refeições individuais e monitoramento da saúde dos estudantes por meio de aplicativo.

França

Na França, as aulas foram suspensas em 16 de março, quando o país tinha cerca de 6 mil casos de contaminação por coronavírus. 

As aulas passaram a ser realizadas exclusivamente à distância e, em 11 de maio, as creches e alunos do Ensino Fundamental puderam voltar às atividades presenciais. 

Em 18 de maio, os demais anos foram autorizados a retornar voluntariamente e os alunos que desejassem poderiam continuar apenas com o ensino à distância. 

Nessa fase, as turmas eram reduzidas, com no máximo 15 estudantes por sala, no modelo de Ensino Híbrido com alternância de grupos.

Itália

A Itália foi bastante atingida pela pandemia de coronavírus e a suspensão das atividades presenciais ocorreu em 4 de março. 

O levantamento da consultoria Vozes da Educação foi realizado até agosto, quando ainda não havia previsão de retorno às aulas presenciais no país, mas a reabertura começou em 14 de setembro, após as férias de verão.

Os professores do grupo de risco puderam permanecer em casa e, para garantir o cumprimento do distanciamento social, as turmas foram reduzidas e as crianças pequenas divididas em grupos de, no máximo, 10 alunos que permanecem em apenas uma sala e com o mesmo professor.

Os grupos são isolados entre si para que, se houver contaminação, não seja necessário fechar a escola inteira. 

Também é obrigatório o uso de máscara em qualquer deslocamento dentro da escola e os ônibus tiveram sua capacidade reduzida em 80% para evitar aglomerações.

Brasil

No Brasil, as aulas presenciais estão suspensas desde março e a decisão sobre o retorno é individual de cada estado e município. 

De acordo com um levantamento do G1 publicado no início de outubro, 8 redes estaduais têm uma data definida para a reabertura das escolas em 2020. São elas:

  • Espírito Santo;
  • Minas Gerais;
  • Pará;
  • Pernambuco;
  • Piauí;
  • Rio Grande do Sul;
  • Santa Catarina;
  • São Paulo.

Outros 10 estados continuam sem previsão para o retorno:

  • Alagoas;
  • Ceará;
  • Goiás;
  • Maranhão;
  • Paraíba;
  • Paraná;
  • Rio de Janeiro;
  • Roraima;
  • Sergipe;
  • Tocantins.

Por outro lado, os 3 estados brasileiros que não preveem o retorno do ensino público para as aulas presenciais neste ano são:

  • Acre;
  • Distrito Federal;
  • Rio Grande do Norte.

Já 4 estados têm uma data para o fim da suspensão apenas das redes estaduais, enquanto as redes municipais e particulares continuam indefinidas:

  • Bahia;
  • Mato Grosso;
  • Mato Grosso do Sul;
  • Rondônia.

O Amazonas foi o primeiro estado a reabrir as escolas estaduais, em 10 de agosto, e a rede particular também está recebendo os alunos presencialmente.

Por mais que os outros países tenham uma realidade diferente do Brasil, sabemos que a implantação de medidas sanitárias e de distanciamento social serão fundamentais para a reabertura das escolas.

Em julho, o Ministério da Educação (MEC) lançou o Protocolo de Biossegurança para retorno das atividades nas Instituições Federais de Ensino, que pode ser utilizado para que outras instituições criem suas próprias diretrizes.

Entre as medidas coletivas e individuais, estão o uso de máscaras, distanciamento social de 1,5 metro, estímulo a reuniões online, afastamento de profissionais que pertençam ao grupo de risco, organização das equipes para trabalharem de forma escalonada, entre outras.

Além disso, o Ensino Híbrido é um modelo que está sendo amplamente adotado em todo o mundo para que a volta às aulas presenciais seja feita de forma segura. 

Nesse cenário, as escolas precisarão adaptar sua infraestrutura para manter o distanciamento social e reorganizar a grade horária para garantir o aprendizado dos alunos.

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