Você sabe o que muda no ensino escolar com a nova base curricular nacional?
A terceira versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) saiu em abril, com as mais recentes indicações curriculares para a criação do ano letivo de escolas públicas e privadas.
A partir dela, todas as escolas do país devem se adequar às suas propostas e planejar as mudanças necessárias dentro de sua estrutura.
Esperada desde junho de 2016, esta última versão se refere apenas ao ensino infantil e fundamental, com mudanças pontuais e estruturais significativas, que vêm gerando debates entre os profissionais de ensino e a sociedade.
O que é a base curricular?
A nova base curricular foi criada para desacelerar a evasão escolar e oferecer aos estudantes uma forma de desenvolver um conteúdo mais direcionado às necessidades do mundo contemporâneo. A intenção também é permitir que as escolas e os professores possam explorar de forma mais eficaz a capacidade de aprendizado.
Objetivo
O propósito da Base é servir de parâmetro para que todas as Instituições de Ensino, tanto públicas como privadas, possam montar seus currículos anuais, auxiliando no nivelamento do ensino nacional.
Cabe à Base oferecer as competências gerais, para que os alunos se desenvolvam em todas as áreas do conhecimento, oferecer competências específicas e seus componentes com conteúdos para que o aluno aprenda cada etapa, da educação básica ao ensino médio.
Como foi construída?
O processo de construção da base curricular iniciou em 2015, cuja primeira versão foi elaborada por 116 especialistas de 35 universidades brasileiras. Ela foi posta à consulta pública e recebeu mais de 12 milhões de críticas e sugestões, sendo agora relançada com essas novas indicações.
Para a criação da terceira e última etapa do documento, a segunda versão foi apresentada em seminários pelo Brasil, até ser definida e enviada ao seu comitê gestor. A última etapa é a homologação do ministro da educação, sem data prevista.
Detalhes da Base Curricular
A falta de professores em sua elaboração é um dos pontos mais criticados, já que são os agentes que colocarão em prática o novo currículo. Uma das críticas e discussões da base curricular está ligada à matéria de história, que passaria a focar essencialmente em temas brasileiros e africanos, retirando de seu conteúdo outros temas internacionais pontuais ou abrangendo-os com pouca objetividade. A partir da implantação da base, as informações da matéria serão dadas seguindo a cronologia dos fatos.
Inclusão e respeito à diversidade
Uma das garantias da nova base curricular é a “inclusão” e o “respeito à diversidade”. O que significa absorver todas as etnias, classes sociais, gêneros, convicção religiosa e identidades, baseados na pluralidade do povo brasileiro. Com isso, o ensino religioso será excluído, deixando para que as entidades sociais e religiosas sejam responsáveis por esse tipo de conhecimento.
Objetivos para cada área de aprendizagem
A associação dos objetivos de aprendizagem para cada área e cada componente curricular, como base nas competências pessoais, cognitivas e comunicativas, também é uma das grandes mudanças propostas. Exemplo disso é o processo de alfabetização que passará do 3º para o 2º ano, baseado em uma educação mais dinâmica e focada na formação do aluno.
Estudo de línguas
O estudo de línguas também será modificado, onde o inglês se tornará obrigatório a partir do sexto ano do ensino fundamental.
E você o que acha dessas mudanças? Deixe seu comentário!