Abril Azul: Como promover a educação inclusiva para alunos com autismo
Com um aumento significativo da conscientização e diagnóstico do autismo nos últimos anos, falar sobre os desafios na educação de alunos com espectro do autista se torna urgente.
Diante deste cenário, surge a necessidade de rever e adotar abordagens mais inclusivas e sensíveis ao autismo nas escolas.
O Abril Azul, símbolo global de conscientização sobre o autismo, nos convida a refletir sobre como podemos promover um ambiente educacional mais acolhedor e equitativo para todos os alunos.
No artigo de hoje, exploraremos mais esta temática, apresentando o conceito da campanha Abril Azul, abordando os direitos dos autistas e como as Instituições de Ensino (IEs) são uma peça fundamental para a inclusão.
Continue acompanhando para saber mais!
Compreendendo o Abril Azul
Antes de nos aprofundarmos nas estratégias para a criação de ambientes educacionais inclusivos, vamos fazer uma pausa para compreender o significado do Abril Azul.
Derivado do símbolo mundialmente reconhecido da consciência do autismo, o Abril Azul representa o espectro de experiências e desafios enfrentados por indivíduos com autismo.
O Abril Azul foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para conscientizar as pessoas sobre o autismo, envolver a comunidade, dar maior visibilidade ao Transtorno do Espectro Autista (TEA) e conquistar uma sociedade mais consciente, menos preconceituosa e mais inclusiva.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 70 milhões de pessoas são autistas no mundo todo, e uma em cada 160 crianças no mundo apresenta o Transtorno do Espectro Autista, enfatizando a importância de compreender e divulgar o Abril Azul nos ambientes educacionais.
Autismo: desafios e possibilidades na educação
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o TEA é um transtorno de desenvolvimento neurológico, caracterizado pela dificuldade de se comunicar e/ou realizar interações sociais.
Outras características, como hipersensibilidade sensorial, desenvolvimento motor atrasado e comportamentos repetitivos ou metódicos, podem identificar a presença do TEA.
O autismo pode ser identificado logo nos primeiros anos de vida da criança, contudo, o diagnóstico de um especialista é dado somente mais tarde, entre os quatro e cinco anos.
O Transtorno do Espectro Autista ocorre em níveis, assim, ele pode se manifestar de uma forma moderada até uma mais severa. O diagnóstico completo e preciso deverá ser obtido após a avaliação de um profissional da saúde, como um neurologista ou psiquiatra especialista em autismo.
Apesar do TEA contar com classificações em manuais e organizações internacionais, o autismo não é uma doença, logo, não possui uma cura.
Quando abordado do ponto de vista da educação, o autismo enfrenta algumas dificuldades. Afinal, apesar dos avanços na legislação, os estudantes com Transtorno do Espectro Autista ainda precisam lidar com obstáculos diários, como dificuldades para fazer a matrícula, preconceito dos colegas, falta de preparação dos professores e de ações mais inclusivas por parte dos gestores.
Segundo especialistas da FC-Unesp, um dos maiores desafios para a inclusão dos estudantes com TEA no ambiente de aprendizagem é a dificuldade que os gestores têm de enxergar esses alunos como parte integrante da escola, e não encaminhá-los diretamente para instituições exclusivas da educação especial.
Para garantir a inclusão dos alunos com autismo, é fundamental que as Instituições de Ensino estejam aptas a planejar e desenvolver atividades que atendam às necessidades de todos os estudantes. Afinal, é uma obrigação legal garantir que a escola seja um ambiente inclusivo para todos.
Considerando que a legislação brasileira institui que as escolas e universidades, tanto públicas quanto privadas, precisam se adaptar de forma a serem inclusivas para os alunos com deficiência, e não o oposto, as instituições devem realizar diversas ações nesse sentido, como:
- Desenvolver um projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional especializado, bem como os demais serviços e adaptações razoáveis, diante de matrícula de aluno com TEA ou outro tipo de deficiência;
- Garantir o acesso do aluno com deficiência, em igualdade de condições, a jogos e atividades recreativas, esportivas e de lazer no ambiente escolar;
- Garantir que a criança autista não seja excluída de qualquer atividade realizada no ambiente escolar;
- Disponibilizar um profissional de apoio escolar, caso seja necessário, para a realização de atividades de alimentação, higiene e locomoção do aluno com deficiência, em todas as atividades escolares necessárias e em todos os níveis de ensino.
Com o cumprimento das legislações, as Instituições de Ensino garantem ambientes mais inclusivos, livres de obstáculos para os estudantes com TEA e igualitários em todos os aspectos.
Legislação e direitos dos autistas
A educação é um direito básico, que deve ser oferecido a todas as pessoas, independentemente de características individuais. Mas considerando os desafios e preconceitos envolvidos no ensino para pessoas com autismo, a legislação brasileira apresenta diversas normas para garantir o cumprimento do direito à educação.
Em 2012, foi promulgada a Lei Federal nº 12.764, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.
Batizada de Lei Berenice Piana, a legislação, que classifica os autistas como pessoas com deficiência, garantiu mais direitos a essa parcela da população e ajudou a ampliar o assunto na sociedade.
A promulgação da lei representou um avanço na luta pela inclusão escolar de crianças e jovens autistas, já que ela garante o acesso à educação e ao ensino profissionalizante às pessoas com TEA.
Dessa forma, as Instituições de Ensino ficam encarregadas de garantir matrículas a pessoas com autismo nas classes regulares, além de oferecer atendimento educacional especializado, bem como profissional de apoio, caso seja necessário.
Além da Lei Berenice Piana, existem outras legislações que asseguram os direitos dos autistas na educação, como:
- Lei Federal nº 13.146
A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência foi criada com o objetivo de “assegurar e promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania”.
No que se refere à educação, a lei esclarece que o ensino é um direito da pessoa com deficiência, assegurando um sistema inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo da vida, com o objetivo de alcançar o desenvolvimento possível dos talentos e habilidades.
- Lei Federal n° 13.977
Batizada de Lei Romeo Mion, esta legislação determina a criação da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), como forma de “garantir atenção integral, pronto atendimento e prioridade no atendimento e no acesso aos serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social”.
É importante ressaltar que a Ciptea é gratuita. Para solicitar a carteira, é preciso conferir o processo de cada estado ou município brasileiro.
Celebrando a diversidade e singularidade em sala de aula
O Abril Azul não apenas aumenta a conscientização sobre o autismo, mas também nos lembra da importância de celebrar a diversidade e singularidade de cada aluno.
Ao reconhecer as necessidades específicas dos alunos autistas, podemos criar ambientes de aprendizagem que promovam seu sucesso acadêmico e bem-estar emocional.
O URÂNIA oferece uma solução inovadora para escolas comprometidas com a inclusão de alunos autistas. Ao personalizar os horários escolares de acordo com as necessidades individuais dos alunos, o URÂNIA possibilita a criação de um ambiente de aprendizagem mais acessível e inclusivo.
Capacitando educadores para a inclusão
Professores, diretores escolares e coordenadores pedagógicos desempenham um papel crucial na promoção da inclusão escolar de alunos autistas.
A criação de ambientes inclusivos vai além das modificações físicas; requer uma mudança fundamental de mentalidade.
Gestores e diretores de escolas devem priorizar oportunidades de desenvolvimento profissional que dotem os educadores com o conhecimento e as ferramentas para apoiar eficazmente os alunos com autismo.
Desde sessões de formação especializadas a programas de mentoria contínuos, investir no desenvolvimento de educadores é um dos passos rumo ao sucesso e bem-estar de todos os alunos.
Oferecer treinamento e desenvolvimento profissional que promova a compreensão do autismo e estratégias eficazes de ensino é essencial para criar uma comunidade escolar verdadeiramente inclusiva.
Adaptando horários de aulas
A presença de crianças e jovens autistas nas salas de aula exige uma reavaliação das abordagens tradicionais da educação.
Um passo prático para promover a inclusão é através da adaptação de horários de aulas.
Ao incorporar flexibilidade e personalização, as escolas podem garantir que estudantes autistas recebam o apoio e as condições necessárias para prosperar acadêmica e socialmente.
O URÂNIA, solução em elaboração de horários, proporciona a geração de grades horárias personalizadas, permitindo atender a diferentes necessidades das escolas e seus alunos.
O URÂNIA é uma forma eficaz de gestão de horários escolares, facilitando a organização do ambiente educacional e contribuindo para a construção de um ambiente mais acolhedor para alunos com autismo. Ao promover uma rotina estruturada e previsível, o URÂNIA auxilia no bem-estar e na adaptação destes alunos, proporcionando um ambiente propício para o aprendizado e a inclusão.
Para auxiliar na inclusão de alunos com espectro autista, as escolas podem contar com funcionalidades que permitem controlar o uso de salas e recursos, garantindo a estes estudantes um atendimento individualizado — quando necessário, ou então, o acesso a equipamentos e materiais pedagógicos que contribuam para seu desenvolvimento.
A facilidade e agilidade proporcionada pelo URÂNIA facilita a manutenção dos horários escolares, visando se adequar às mudanças que podem ocorrer durante o ano letivo ou criar quadros de horário personalizados.
Ao abraçarmos o Abril Azul e as inúmeras experiências que ele representa, nos comprometemos a promover ambientes inclusivos, onde cada aluno se sinta visto, ouvido e valorizado.
Como podemos colaborar para criar ambientes de aprendizagem que atendam às necessidades específicas dos alunos no espectro do autismo e promovam seu pleno potencial?
Compartilhe conosco as estratégias e experiências da sua instituição de ensino para inclusão dos alunos com autismo.
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